🔥 Incêndios Causados por Falhas Elétricas: Entenda as Causas e Como Evitar

Descubra as principais causas de incêndios elétricos — como subdimensionamento de circuitos, sobrecargas e falhas de manutenção — e saiba como evitá-los com práticas seguras, seguindo as normas da ABNT NBR 5410.
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Introdução

Os incêndios de origem elétrica estão entre as principais causas de perdas materiais e humanas no Brasil. A maioria desses acidentes ocorre devido a falhas de projeto, sobrecargas, instalações antigas e falta de manutenção preventiva.
Neste artigo, elaborado por um engenheiro eletricista com mais de 20 anos de experiência, você entenderá por que essas falhas acontecem, quais são as causas mais frequentes e como preveni-las de forma segura e conforme a NBR 5410.


O Que Causa um Incêndio Elétrico?

Um incêndio elétrico começa quando a corrente que circula em um circuito excede o limite seguro do condutor ou equipamento, provocando aquecimento excessivo, curtos ou arcos elétricos. Esse superaquecimento podem degradar o isolamento e iniciar a combustão de materiais próximos, muitas vezes de forma silenciosa, dentro de paredes ou forros.


🧩 Principais Causas de Incêndios Elétricos

🔹 1. Subdimensionamento de Circuitos

O uso de fios e disjuntores abaixo da capacidade real da carga é uma das causas mais comuns de aquecimento e incêndios.
De acordo com a NBR 5410 (ABNT), é essencial que todo projeto elétrico considere a demanda total e o fator de simultaneidade, dimensionando corretamente condutores, disjuntores e eletrodutos.


🔹 2. Sobrecargas em Instalações

Com o aumento do uso de equipamentos elétricos (ar-condicionado, fornos, computadores), muitos circuitos antigos acabam sobrecarregados, especialmente em prédios residenciais e comerciais antigos.
A sobrecarga constante gera calor e degrada o isolamento, levando à ignição.


🔹 3. Conexões Frouxas e Emendas Mal Feitas

Maus contatos em quadros, bornes e tomadas são fontes silenciosas de calor. Esse aquecimento localizado, conhecido como efeito Joule, pode causar incêndios após longos períodos de uso.
Inspeções termográficas são recomendadas para detectar esses pontos críticos.


🔹 4. Falta de Dispositivos de Proteção Adequados

Disjuntores mal dimensionados ou dispositivos DR (diferencial residual) ausentes comprometem a segurança do sistema.
A proteção contra sobrecorrente e fuga de corrente é essencial para interromper falhas antes que evoluam para incêndio.


🔹 5. Instalações Antigas e Isolação Degradada

Instalações com mais de 20 anos, sem manutenção, geralmente têm cabos com isolação ressecada e componentes obsoletos.
Uma vistoria técnica periódica evita acidentes e pode ser obrigatória em muitos municípios para obtenção ou renovação de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).


🔹 6. Uso Indevido de Extensões e Benjamins

Extensões e adaptadores em “T” são projetados apenas para uso temporário. O uso contínuo e a sobrecarga desses dispositivos estão entre as principais causas de incêndios domésticos, segundo relatórios da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade).


🔹 7. Uso de condutores de má qualidade ou falsificados

O uso de condutores elétricos inadequados, falsificados ou de baixa qualidade representa um risco grave e imediato para a segurança de pessoas e patrimônios. A economia inicial na compra desses materiais pode resultar em custos devastadores.

Cabos de má qualidade muitas vezes não suportam a corrente elétrica (amperagem) para a qual são falsamente classificados. Isso leva ao superaquecimento, derretimento da isolação e, consequentemente, a curtos-circuitos e incêndios.


📊 Números Que Comprovam o Risco

Segundo o Anuário Estatístico da Abracopel (2024), mais de 1.300 incêndios no Brasil tiveram origem em falhas elétricas — resultado de sobrecargas, curtos e instalações precárias.
Esses dados reforçam a importância de inspeções preventivas e laudos técnicos especializados.


🧰 Como Evitar Incêndios Elétricos — Boas Práticas e Normas Técnicas

1. Projeto e Dimensionamento Correto

  • Siga a NBR 5410 para seleção de cabos e disjuntores.
  • Calcule corretamente a demanda e evite sobrecarga de circuitos.
  • Exija ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida por engenheiro eletricista.

2. Instalação de Dispositivos de Proteção

  • Utilize Disjuntores e Dispositivos DR de qualidade.
  • Instale DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) para proteger equipamentos sensíveis.
  • Realize testes periódicos nos dispositivos de proteção.

3. Inspeção e Manutenção Preventiva

  • Faça vistorias periódicas termográficas para detectar aquecimentos anormais.
  • Substitua fios, tomadas e quadros antigos.
  • Documente todas as manutenções e laudos técnicos.

4. Treinamento e Conscientização

  • Oriente funcionários e moradores sobre riscos e boas práticas.
  • Em empresas e condomínios, mantenha um Plano de Manutenção Elétrica Preventiva (PMEP).
  • Adquira cabos elétricos somente de fornecedores e distribuidores confiáveis e autorizados, desconfie de preços excessivamente baixos.
  • Verifique sempre a certificação do INMETRO gravada nos próprios cabos.
  • Exija sempre a nota fiscal, é sua garantia e comprovação da origem do produto.

🚨 Em Caso de Incêndio Elétrico

Nunca use água para combater um incêndio de origem elétrica. Utilize extintores de CO₂ ou pó químico (classe C) e desligue o disjuntor geral se for seguro fazê-lo.
Acione imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) e evacue o local.


🧠 Conclusão

A engenharia elétrica preventiva é a chave para evitar incêndios, proteger vidas e reduzir prejuízos.
Seguir as normas da ABNT NBR 5410, manter as instalações em bom estado e contratar profissionais habilitados garante segurança, confiabilidade e conformidade legal.

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